Vivenciando a Cidadania

Nosso objetivo é falar sobre diversidade,

vivenciando a cidadania

dentro da escola,


trabalhando a participação

na vida em sociedade,


fazendo com que nossos alunos

cresçam sujeitos de
direitos

e deveres tendo condições

de serem cidadãos
ativos.



Diversidade na Educação Infantil

No ano de 2009, fizemos um curso de extensão pela UFSCar, sendo o tema “Gênero e Diversidade na Escola".
A proposta do trabalho de conclusão de curso era montar um projeto dentro da nossa realidade escolar e faixa etária dos nossos alunos, incluí-lo no Projeto Político Pedagógico da escola e fazê-lo acontecer. Colocamos a mão na massa assim que recebemos as orientações e tivemos a adesão de todo o grupo, visto que os outros professores estavam fazendo um curso de aperfeiçoamento oferecido pela Prefeitura Municipal de Cotia sobre Educação Indígena onde seria possível conciliarmos as propostas e trocarmos aprendizados.
O projeto foi um sucesso, por esta razão gostaríamos de dividí-los com vocês! Esperamos que gostem!



Aceitando ou trabalhando as diversidades desde a Educação Infantil...

Objetivos pretendidos com a atividade proposta:
• Reconhecer e valorizar as manifestações culturais dos descendentes da imigração Africana e dos habitantes brasileiros população indígena.

• Construir uma imagem positiva dos negros na sociedade e das crianças negras na creche.

• Reconhecer as diversidades raciais e sua cultura, respeitando-as e agindo participativamente na mudança de comportamento;

• Observar a diversidade nos diferentes tipos de animais, pessoas, cores e frutas;

• Conhecer a cultura de gênero, étnico-raciais e sexualidade;

• Respeitar as diferenças;

• Valorizar e conhecer as diversidades culturais;

• Abordar as diversidades culturais bem como suas particularidades;

• Estimular a socialização e a convivência em grupo, respeitando a si e aos outros;

• Construir conhecimentos respeitosos e solidários em relação às diferenças.

Descrição da atividade:

• Confecção de fantoches e bonecos com características exemplificando as diversidades;

• Roda de conversa e a escolha dos nomes dos bonecos e fantoches;

• Apresentação, leitura e confecção do avental do livro Menina bonita do laço de fita;

• Confecção de instrumento musical indígena feito com sucatas (chocalho), pelos pais e comunidades, promovendo danças e músicas folclóricas (convidaremos pessoas da comunidade que jogam capoeira para se apresentar para as crianças, contar um pouco deste jogo mostrando instrumentos que usam para dar ritmo e a alegria característica deste jogo);

• Pintura corporal e adereços;

• Tarde de Contação de Histórias: (Cultura afro-indígena promovendo o conhecimento, desmitificando preconceitos gênero e sexualidade);

• Trabalhos manuais das crianças, com argila confeccionando utensílios indígenas, montagem de uma oca para enfatizar a moradia indígena (feita de palha de coqueiro),

• Histórias com diversos livros (Diferentes: pensando conceitos e preconceitos, Arca de ninguém e Menina bonita do laço de fita), realizando o registro da história por meio de texto coletivo, desenho, massa de modelar, etc.

• Painéis, confecção de livros e jogos com fotos de pessoas, animais e frutas identificando as diferenças;

• Pesquisa levantando os conhecimentos prévios dos pais sobre os movimentos sociais para que possamos saber qual o ponto de partida;

• Educação sexual X repressão da família (violência física e verbal), palestra para os pais e comunidade com psicopedagoga da Equipe Multiprofissional da Secretaria da Educação;

• Filmes (Tainá, Kiriku e a Feiticeira, Mogli – o menino lobo, Irmão Urso, Tarzan);

• Trabalhar a diversidade por meio do jogo de faz-de-conta utilizando bonecos com diferentes características e a inversão de papéis sociais; (profissões, membros da
família,...)


Finalidades a serem atendidas:

• Segundo Sérgio Carrara - Coordenador geral do CLAM/IMS/UERJ no texto Educação, diferença, diversidade e desigualdade – “Apesar dessa fragmentação, gênero, raça, etnia e sexualidade estão intimamente imbricados na vida social e na história das sociedades ocidentais e, portanto, necessitam de uma abordagem conjunta. Para trabalhar estes temas de forma transversal, será fundamental manter uma perspectiva não-essencialista em relação às diferenças. A adoção dessa perspectiva justifica-se eticamente, uma vez que o processo de naturalização das diferenças étnico-raciais, de gênero ou de orientação sexual, que marcou os séculos XIX e XX, vinculou-se à restrição do acesso à cidadania a negros, indígenas, mulheres e homossexuais”.

• De acordo com o texto O ambiente escolar frente as discriminações e a promoção da igualdade – Módulo 1 – Diversidade – “Faz-se necessário contextualizar o currículo, “cultivar uma cultura de abertura ao novo, para ser capaz de absorver e reconhecer a importância da afirmação da identidade, levando em conta os valores culturais” dos/as estudantes e seus familiares, favorecendo que estudantes e educadores/as respeitem os valores positivos que emergem do confronto dessas diferenças, possibilitando, ainda, desativar a carga negativa e eivada de preconceitos que marca a visão discriminatória de grupos sociais, com base em sua origem étnico-racial, suas crenças religiosas, suas práticas culturais, seu modo de viver a sexualidade”.

• Conforme citado no texto Construção Social da identidade adolescente/juvenil e suas marcas de gênero - Módulo 2 - Gênero | Unidade 1 | Texto 4 – “Se o gênero é socialmente construído por nós no cotidiano da família, da escola, da rua, na mídia, então parte-se do pressuposto de que essas convenções sociais podem ser transformadas, ou seja, discutidas, criticadas, questionadas, modificadas em busca da eqüidade social entre homens e mulheres, do ponto de vista do acesso a direitos sociais, políticos e civis. Educadores e educadoras têm a possibilidade de reforçar preconceitos e estereótipos de gênero, caso tenham uma atuação pouco reflexiva sobre as classificações morais existentes entre atributos masculinos e femininos e se não estiverem atentos aos estereótipos e aos preconceitos de gênero presentes no ambiente escolar”.

• “Já se nota atualmente uma forte presença das mulheres em cursos como direito, medicina, odontologia, arquitetura, comunicação, tradicionalmente redutos de prestígio masculino. Ainda assim, as escolhas dos homens continuam a ser orientadas para as ciências básicas (física, química, biologia), para as engenharias, a economia, as informáticas, a administração de empresas, o mercado externo (comércio exterior, relações internacionais), dentre outras áreas tidas pelo senso comum como as mais propensas aos homens”.

• Conforme citado no texto Violência de gênero - Módulo 2 – Gênero| Unidade 2 | Texto 4 – “Apesar de todas as mudanças sociais que vêm ocorrendo, a violência de gênero continua existindo como uma explícita manifestação da discriminação de gênero. Ela acomete milhares de crianças, jovens e mulheres prioritariamente no ambiente doméstico, mas também no espaço público, como a escola. A despeito de todos os avanços e conquistas das mulheres na direção da eqüidade de gênero, persiste entre nós essa forma perversa de manifestação do poder masculino por meio da expressão da violência física, sexual ou psicológica, que agride, amedronta e submete não só as mulheres, mas também os homens que não se comportam segundo os rígidos padrões da masculinidade dominante”.

• Como citado no texto Estereótipos preconceitos e discriminação racial - Módulo 4 - Relações Étnico-Raciais | Unidade 2 | Texto 5 – “Discriminar é ter uma conduta, é agir concretamente baseado em razões de categorias naturais e sociais sem que haja relação com as capacidades e os méritos individuais, ou com o real comportamento da pessoa em ação. Discriminar é, portanto, o ato de separar, que tanto pode ser para privilegiar uma pessoa ou grupo como para prejudicá-la/o.

• Segundo o texto As Diretrizes Curriculares para a educação das relações étnico-raciais - Módulo 4 - Relações Étnico-Raciais | Unidade 3 | Texto 4 – “Uma das primeiras ações do MEC foi instaurar um Comitê Nacional de Educação Escolar Indígena, composto por representantes de órgãos governamentais e não-governamentais, com a tarefa de definir os parâmetros de uma política nacional para a educação indígena. Assim, em 1993, foi lançado o documento "Diretrizes para a Política Nacional de Educação Escolar Indígena", o qual desencadeou outras iniciativas, como a criação de uma coordenação geral de educação escolar indígena para articular ações junto às secretarias estaduais, apoio à formação de professores e à publicação de materiais didático-pedagógicos elaborados pelos professores indígenas, favorecendo a disseminação de uma literatura de autoria dessas comunidades.”

• No texto As Diretrizes Curriculares para a educação das relações étnico-raciais - Módulo 4 - Relações Étnico-Raciais | Unidade 3 | Texto 4 – “Neste curso, várias vezes a Constituição de 1988 foi citada, destacando-se a inclusão na Carta Magna das reivindicações históricas dos vários movimentos sociais. Na área educacional e no que se refere às relações étnico-raciais, merece especial atenção o artigo242, § 1º: ‘O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro’”.

• De acordo com o texto As Diretrizes Curriculares para a educação das relações étnico-raciais - Módulo 4 - Relações Étnico-Raciais | Unidade 3 | Texto 4 –“Recentemente, a Lei 10.639/2003 sofreu uma alteração com a promulgação da Lei 11.645/2008, que inclui a história e a cultura indígenas. (...) Há os/as que defendem a importância da inclusão, considerando os ganhos de serem aproximadas as temáticas étnico-raciais; há aqueles/as que acreditam que a temática indígena já estaria contemplada nos documentos citados neste texto; há ainda outros/as que criticam esta junção por causa do risco de se apagarem as especificidades de cada grupo.”

• Segundo o texto Escola sem cor, num país de diferentes raças e etnias - Módulo 4 - Relações Étnico-Raciais | Unidade 3 | Texto 1 – “A sociologia da educação tem demonstrado que a escola não pode ser pensada como um lugar separado da sociedade. Pelo contrário, ela é uma instituição social como outras e, neste sentido, é orientada pelas mesmas ideologias e formas de relacionamento entre indivíduos e grupos que vigoram no seu entorno. Da mesma maneira, ela assume objetivos que, na sua definição mais ampla, são aqueles da própria sociedade. Por isso, não seria possível discutir sobre etnocentrismo, preconceito e racismo sem nos dedicarmos a refletir sobre como e por que meios tais questões se projetam no cotidiano escolar.”

• Conforme Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, volume I - “A pluralidade cultural, isto é, a diversidade de etnias, crenças, costumes, valores etc. que caracterizam a população brasileira marca, também, as instituições de educação infantil. O trabalho com a diversidade e o convívio com a diferença possibilitam a ampliação de horizontes tanto para o professor quanto para a criança. Isto porque permite a conscientização de que a realidade de cada um é apenas parte de um universo maior que oferecem múltiplas escolhas. Assumir um trabalho de acolhimento às diferentes expressões e manifestações das crianças e suas famílias significa valorizar e respeitar a diversidade, não implicando a adesão incondicional aos valores do outro.”


Espaço físico onde deve ou pode ser realizada a atividade: Ambiente interno e externo da escola.

Material necessário: microfone, fantoches, tecidos, tesoura, cola, lápis, canetas diversas, giz de cera, papéis diversos.

Meio de comunicação a ser utilizado, caso necessário: livros, TV, DVD, computador, aparelho de som, revistas, mural.

Tempo necessário à realização da atividade: atividade a ser realizada durante todo o ano letivo, sendo acrescentada no Projeto Político Pedagógico da Escola.

a) Para planejamento: durante a reunião de planejamento anual realizada no início do ano letivo.

b) Para execução: durante todo o ano letivo

Número ideal de participantes: de 20 a 60 participantes

Descrição dos/as participantes: Alunos de todas as salas, pais, funcionários, professores, direção, comunidade e convidados. (No caso da nossa escola, são crianças de 0 à 4 anos, mas pode ser realizado em qualquer faixa etária da Educação Infantil ou Ensino Fundamental I desde que se faça algumas adaptações).

Avaliação: Sendo a avaliação um processo contínuo de ensino e aprendizagem, observaremos a participação e desempenho dos alunos de maneira individual e coletiva fazendo uma análise descritiva crítica e reflexiva sobre seus avanços cognitivos, motores, afetivos e sociais. E isso inclui o respeito ao ritmo e às particularidades de cada uma.

Referências

• CALTABIANO, Mariana. Arca de Ninguém. São Paulo: Editora Scipione, 2006.

• MACHADO, Ana Maria. Menina bonita do laço de fita. São Paulo: Ática, 2009.

• LEÃO, Liana. Diferentes: Pensando Conceitos e preconceitos. São Paulo: Elementar, 2006.

• BELELI, Iara; MISKOLCI, Richard; RISCAL, Sandra; SILVÉRIO, Valter R. Marcas da Diferença no Ensino Escolar. São Carlos: Departamento de Produção Gráfica – UFSCAR, 2009.

• Referencial curricular nacional para a educação infantil /Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. — Brasília: MEC/SEF, 1998.

• Tainá – Uma aventura na Amazônia (Brasil, 2000, 90 min.) Diretor: Tânia Lamarca e Sérgio Bloch. Distribuidora: Tietê Produções

• Kiriku e a feiticeira (França, 1998, 71 min.) Diretor: Michel Ocelot. Distribuidora: Espaço Filmes e Imovision.

• Irmão Urso (EUA, 2003, 85 min.) Direção: Aaron Blaise e Robert Walker. Distribuidora: Buena Vista Pictures.

• Mogli, O menino lobo (EUA, 1967, 78 min.) Direção: Wolfgang Reitherman. Distribuidora: Videolar.

• Tarzan (EUA, 1999, 88 min) Direção: Chris Buck e Kevin Lima. Distribuidora: Buena Vista Pictures.






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